
Marília registrou 248 acidentes com escorpiões entre janeiro e novembro de 2025, alta de 70% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 146 ocorrências. Os dados, divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, mostram que a cidade mantém média de aproximadamente um caso por dia.
De acordo com o painel Acidentes por Animais Peçonhentos, da Secretaria Estadual da Saúde, a faixa etária mais atingida é a de 60 a 69 anos, com 18% das picadas. Adultos entre 40 e 49 anos e jovens de 20 a 29 anos aparecem em seguida, ambos com 16% dos registros. Crianças de um a quatro anos respondem por 3% dos casos.
Os dados também detalham as partes do corpo mais atingidas durante as picadas. A mão concentra o maior número de casos, com 27,62% das ocorrências, seguida pelo pé (20,48%) e pelos dedos da mão (16,67%). Outros locais atingidos incluem tronco (7,62%), perna (6,67%), coxa (6,19%), braço (4,29%), antebraço (3,81%), dedos do pé (2,86%) e cabeça (2,38%). Em 1,43% dos acidentes, o local da picada não foi informado.
A alta acompanha uma tendência observada nos últimos anos. Em 2024, Marília contabilizou 183 acidentes. Em 2023 foram 208 casos, em 2022 foram 176, em 2021 ocorreram 145 registros e, em 2020, 107.
Sintomas
As picadas podem causar dor intensa, inchaço, náusea, vômito e, nos casos mais graves, comprometimento do sistema cardiorrespiratório. Crianças e idosos fazem parte do grupo mais vulnerável a complicações.
Em caso de acidente, a recomendação é lavar o local da picada com água e sabão, aplicar compressas mornas para aliviar a dor e procurar atendimento médico imediatamente.
O soro antiescorpiônico para adulto está disponível no Hospital das Clínicas (HC). Já para crianças devem ser atendidas no Hospital Materno Infantil (HMI).
Prevenção
Para reduzir o risco de acidentes, especialistas recomendam manter quintais e áreas externas sempre limpos, evitando acúmulo de entulho, madeira, folhas secas e materiais de construção - locais onde escorpiões costumam se abrigar. Também é indicado vedar frestas e ralos, instalar telas em portas e janelas e sempre sacudir roupas, calçados e toalhas antes de usar. Em caso de picada, não se deve aplicar produtos caseiros; a orientação é procurar atendimento médico imediatamente, levando o animal para identificação, se for possível capturá-lo com segurança.