Marília conquistou um lugar de destaque no cenário nacional de gestão pública, ficando entre as 100 cidades mais eficientes do Brasil na conversão de impostos em serviços e qualidade de vida. A cidade aparece na 81ª posição do Retornômetro, um ranking que avalia a performance de municípios com mais de 50 mil habitantes em território nacional. Resultado sinaliza gestão que consegue entregar um retorno social significativo para sua população. Marília está acima da média nacional deste desempenho.

O Retornômetro é uma ferramenta interativa que mede a eficiência dos investimentos públicos nos municípios brasileiros, transformando a arrecadação pública em serviços essenciais, oportunidades e boa governança. O estudo organiza dezenas de indicadores públicos em três eixos temáticos principais – Viver, Prosperar e Governar – traduzidos em uma nota final comparável entre as cidades. O objetivo da métrica é permitir que cidadãos e gestores descubram quais municípios oferecem maior retorno social em relação à sua capacidade de arrecadação e gestão, facilitando diagnósticos claros e comparações.

81ª posição

Na avaliação geral do estudo, que analisou quase 400 cidades (396 municípios), Marília obteve um Índice Final de 556.5 pontos. Este valor a coloca em uma posição superior à média nacional, que é de 481.2 pontos. É importante notar que 240 municípios, ou 60.6% do total, ficaram acima dessa média, indicando que Marília está inserida no grupo de cidades com performance superior, destacando a eficiência da administração municipal em transformar recursos em benefícios concretos para a população.

Osasco, na Grande São Paulo, lidera o ranking nacional, com 783.3 pontos, enquanto o Estado de São Paulo também se destaca como o Melhor Estado, alcançando a média de 554.8 pontos. A região Sudeste, onde Marília está inserida, demonstra forte performance, com muitas cidades ocupando as primeiras colocações da tabela, o que eleva o nível de comparação e competitividade da gestão pública na região.

Ao analisar o desempenho de Marília em comparação com cidades vizinhas ou de porte semelhante no interior paulista, a posição 81ª mostra-se bastante competitiva. Em uma análise de proximidade no ranking, a cidade fica ligeiramente atrás de Taubaté, que ocupa a 80ª colocação com 556.8 pontos, uma diferença mínima de apenas 0.3 ponto no índice final. Essa pequena variação sugere que as duas cidades médias do Sudeste possuem níveis de eficiência muito equiparados.

Ainda no núcleo de cidades paulistas com características semelhantes, Votorantim figura na 84ª posição, logo abaixo de Marília, registrando um índice final de 555.4 pontos. A proximidade entre as cidades médias do Interior paulista como Marília, Taubaté e Votorantim, todas com notas muito próximas de 556 pontos, indica um patamar de gestão pública consistente e de relativa eficiência. O Estado de São Paulo apresenta a maior média estadual, o que puxa o nível de exigência para todas as suas cidades.

Metodologia em 3 pilares

O Retornômetro baseia sua metodologia em três pilares principais de avaliação, que são desdobrados em dezenas de indicadores. O eixo "Viver" avalia a qualidade de vida, com foco no impacto direto dos investimentos públicos em saúde (atenção básica, tipo de vacinação), educação básica (qualidade do ensino fundamental) e infraestrutura urbana (acesso à água tratada, coleta de esgoto). Marília obteve 0.858 neste eixo, sendo este seu melhor desempenho.

O segundo pilar é o eixo "Prosperar", que mede a capacidade do município de gerar oportunidades e garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico. Os indicadores neste eixo costumam incluir o acesso a empregos, o nível de renda e a dinâmica econômica local. Marília registrou 0.174 neste eixo, que se mostra como o ponto com maior necessidade de atenção e melhoria na gestão da cidade, sendo a menor nota entre os três pilares.

Boa governança

Por fim, o eixo "Governar" foca na boa governança e na solidez da gestão pública, avaliando a capacidade administrativa do município em aplicar e gerir os recursos públicos de forma eficiente e transparente. Este eixo é crucial para garantir a sustentabilidade das políticas públicas. Marília obteve a nota de 0.538 neste pilar, um desempenho intermediário que reflete um equilíbrio na gestão administrativa.

O processo de cálculo do Retornômetro é rigoroso, começando pela coleta de dados de fontes oficiais como o Tesouro Nacional e o Ministério da Saúde. Em seguida, os dados passam por uma padronização, sendo convertidos em índices de 0 a 1, permitindo comparações justas entre cidades com diferentes realidades. Por fim, o cálculo do retorno ajusta a eficiência da gestão ao custo de vida de cada município para ter uma medida real do retorno social por real disponível, resultando no Índice Final de 0 a 1000 pontos.

A Região Sul, por exemplo, é destacada como a Região Destaque do ranking, com uma média de 526.6 pontos, embora o Sudeste abrigue o Melhor Estado (São Paulo) e a maior quantidade de municípios no topo. Isso demonstra que as cidades brasileiras enfrentam desafios variados, mas a busca por maior retorno social do investimento público é uma tendência crescente em todas as regiões do país.