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Sampaio Vidal, João Ramalho e República: as avenidas de Marília com mais acidentes em 2025

Estudo da Infosiga revela as vias urbanas campeãs em sinistros e detalha o perfil dos condutores envolvidos na cidade

Por: Redação
16/11/2025 às 09h53 Atualizada em 02/12/2025 às 18h28
Sampaio Vidal, João Ramalho e República: as avenidas de Marília com mais acidentes em 2025
Motocicletas e automóveis são responsáveis por mais de 86% dos sinistros em Marília, com a maioria das ocorrências sendo colisões

O cenário da segurança viária em Marília, referente ao período de outubro de 2024 a setembro de 2025, é revelado pelo Infosiga, estudo do Detran-SP. Embora o levantamento aponte as rodovias SP-294 (com 31 óbitos) e SP-333 (com 19 óbitos) como as vias com maior número de fatalidades no geral, a análise detalhada sobre os sinistros não fatais nas vias urbanas identificou três avenidas como as campeãs em ocorrências: Sampaio Vidal, João Ramalho e República. As artérias que conectam regiões populosas da cidade concentram sinistros em eixos de grande circulação, reforçando o desafio municipal na gestão do tráfego.

A avenida Sampaio Vidal e a avenida João Ramalho lideram o número de ocorrências em ambiente urbano, enquanto a avenida República, embora não citada nominalmente no ranking das dez vias com mais óbitos, figura entre os locais com alta incidência de acidentes não fatais. A prioridade na análise urbana deve-se ao fato de que 64,2% dos custos estimados com sinistros ocorrem em vias urbanas e 82,6% dos sinistros em geral se concentram nelas. No período de outubro de 2024 a setembro de 2025, os sinistros geraram R$ 93.627.311,00 em despesas e prejuízos financeiros.

No período acumulado de janeiro a setembro de 2025, Marília registrou 30 óbitos no trânsito, o que representa um aumento de 57,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mês de setembro de 2025, houve três óbitos no total, com uma taxa de fatalidade de 3,83% no período de 12 meses. O município tem uma população de 238.602 habitantes e uma frota de 194.102 veículos, e o número total de sinistros foi de 914.

O perfil dos condutores envolvidos nos sinistros mostra que a grande maioria (83,3%) estava com a CNH sem qualquer tipo de bloqueio. No entanto, a distribuição de bloqueios por tipo revela que 8,3% dos condutores estavam com a habilitação suspensa e 2,1% com o documento cassado. Outros 6,3% se enquadram em "outros motivos" de bloqueio. O número de bloqueios do tipo "suspensão" por ano cresceu drasticamente, saltando de 4 em 2022 para 18 em 2025 até o mês de setembro, indicando um endurecimento na fiscalização ou aumento nas infrações graves.

Tempo de habilitação dos envolvidos

Quanto ao tempo de habilitação dos condutores envolvidos, os dados mostram uma concentração de sinistros entre aqueles com mais de 11 anos de CNH, totalizando o maior volume de ocorrências. Há, no entanto, uma alta taxa de sinistros também em condutores com seis a dez anos de habilitação. A análise por faixa etária aponta que as idades entre 30 e 34 anos e 35 e 39 anos são as que apresentam o maior número de condutores envolvidos, sendo a maioria homens.

O estudo detalha a pontuação na CNH dos condutores por tempo de habilitação, revelando que a maior parte dos envolvidos em sinistros possui zero a cinco pontos na carteira. Contudo, há um número significativo de ocorrências envolvendo condutores com pontuações mais elevadas, incluindo aqueles com 21 a 25 pontos ou mesmo mais de 30 pontos, em todas as faixas de tempo de CNH.

A análise do status da CNH por idade do condutor mostra que as sanções mais graves se concentram em faixas etárias específicas. A medida administrativa de bloqueio, a suspensão e a cassação da CNH atingem majoritariamente condutores com idade entre 35 e 44 anos. Curiosamente, a categoria 'impedida' aparece em condutores acima de 55 anos.

Motociclistas lideram as mortes

O perfil das vítimas fatais aponta que motociclistas e ocupantes de automóveis foram as categorias que mais registraram aumento de óbitos no acumulado de janeiro a setembro de 2025, com crescimentos de 180,0% (14 óbitos) e 80,0% (nove óbitos), respectivamente, em comparação com o ano anterior. Já o número de óbitos de pedestres apresentou queda de 16,7% (cinco óbitos), enquanto a morte de ciclistas manteve-se estável em um óbito.

O tipo de veículo envolvido mostra que o automóvel e a motocicleta são os principais protagonistas dos sinistros, respondendo por 45,1% e 41,4% do total, respectivamente. Os sinistros mais comuns são a colisão (65,2%), seguidos por choque (15,7%) e atropelamento (10,7%).

Os custos estimados dos sinistros para o município atingiram o valor de R$ 93.627.311,00 no período analisado (outubro 2024 – setembro 2025), sendo que 64,1% deste montante está relacionado a ocorrências não fatais. Esse dado sublinha o enorme impacto financeiro do trânsito na saúde pública, que vai muito além das perdas de vidas.

Região com menor percentual de CNHs bloqueadas

Em relação à localização geográfica, a Região Administrativa de Marília apresentou 13.032 condutores ativos no período, com 48 bloqueados e 970 não disponíveis, o que representa um percentual de 0,34% de bloqueio. Esse índice a coloca como uma das regiões com menor percentual de CNHs bloqueadas do Estado, embora a baixa porcentagem não elimine a necessidade de atenção aos condutores que insistem em dirigir com a habilitação suspensa ou cassada.

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