
De janeiro a setembro de 2025, Marília registrou 269 acidentes envolvendo animais peçonhentos, uma média de um acidente por dia. Entre os casos atendidos, os escorpiões aparecem no topo do ranking, com 201 ocorrências, seguidos pelas aranhas, com 33 registros, serpentes, com 4 casos, e outros animais - como lagartas, abelhas e lacraias -, que somaram 31 acidentes.
O levantamento aponta um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado. Os acidentes com escorpiões cresceram 67,5%, passando de 120 para 201 casos. Já os registros envolvendo aranhas subiram 32%, de 25 para 33 ocorrências.
Segundo o Ministério da Saúde, a picada de escorpião provoca dor imediata na maioria dos casos, além de formigamento, vermelhidão e suor no local. Em crianças, que são mais vulneráveis, podem surgir tremores, náuseas, vômitos, agitação, salivação excessiva e hipertensão.
Todos os escorpiões são venenosos, e os riscos dependem da quantidade de veneno e da espécie. Cerca de 87% dos acidentes são leves e não exigem antiveneno. O soro antiescorpiônico é fornecido apenas nos hospitais de referência do SUS em Marília: adultos no Hospital das Clínicas (HC) e crianças no Hospital Materno Infantil (HMI).
PREVENÇÃO
Para se proteger, é importante manter quintais e jardins limpos, evitar acúmulo de lixo, entulho e folhas secas, e fechar bem os sacos de lixo. Em residências, recomenda-se instalar soleiras em portas e janelas, usar telas em ralos, pias e tanques, afastar camas e berços das paredes, manter roupas de cama e mosquiteiros longe do chão e aparar o gramado. Ao mexer com entulho ou materiais de construção, deve-se usar luvas e botas. Nas áreas rurais, é essencial preservar inimigos naturais dos escorpiões, como lagartos, sapos e aves noturnas, incluindo corujas.