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Estado e CDHU ainda buscam soluções para futuro do Paulo Lúcio Nogueira, os predinhos da CDHU na zona Sul da cidade

Há um ano, quase 900 famílias foram retiradas por decisão judicial. Defensoria Pública garantiu auxílio-moradia apenas a moradores, excluindo proprietários

Por: Redação
09/08/2025 às 12h36
Estado e CDHU ainda buscam soluções para futuro do Paulo Lúcio Nogueira, os predinhos da CDHU na zona Sul da cidade
Predinhos do CDHU na zona Sul: futuro totalmente incerto - Foto: Cristiano Gonçalves/Jornal A Cidade

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), está avaliando a destinação da área onde se localiza o conjunto habitacional Paulo Lúcio Nogueira, na zona Sul de Marília, de onde 880 famílias foram retiradas por força de uma decisão judicial.

A ação, que priorizou a segurança dos moradores, ocorreu em meio a graves problemas estruturais nos prédios, entregues pela CDHU em 1998. Enquanto os órgãos estudam o futuro do local, as famílias desalojadas recebem auxílio-moradia temporário, financiado pelo Estado e pelo Município.

A desocupação do conjunto, que tinha parte das unidades quitadas e era de propriedade particular, foi uma medida extrema para preservar a vida dos moradores. Uma ação judicial, com a participação da Defensoria Pública do Estado, estabeleceu que o auxílio-moradia seria concedido exclusivamente aos moradores que viviam nos apartamentos, e não aos proprietários que não residiam nos imóveis, o que gerou questionamentos. Além do auxílio para moradia, os moradores também receberam um auxílio-mudança para cobrir os custos da retirada de seus pertences.

Problemas são atribuídos pelo Estado aos próprios moradores - Foto: Cristiano Gonçalves/Jornal A Cidade

Atualmente, os edifícios estão completamente desocupados. A situação gera preocupação tanto pela deterioração estrutural dos imóveis quanto pela insegurança pública na região, agravada pela falta de energia elétrica nos prédios. Em nota, a SDUH e a CDHU reforçaram que os problemas de infraestrutura decorreram da falta de manutenção por parte dos próprios moradores ao longo dos anos, e não de falhas na entrega do empreendimento.

O entorno dos prédios, que abriga uma escola infantil, um posto de saúde e um Centro de Referência em Assistência Social (Cras), agora convive com a insegurança proporcionada pela desocupação do local. As famílias que dependem do auxílio-moradia e os proprietários dos apartamentos continuam incertos quanto ao próximo passo da questão. Passado um ano da desocupação, não há definição do que ocorrerá.

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