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Morre Ozzy Osbourne, lenda do heavy metal, aos 76 anos

Músico sofria da doença de Parkinson

Por: Redação
22/07/2025 às 20h19 Atualizada em 22/07/2025 às 20h23
Morre Ozzy Osbourne, lenda do heavy metal, aos 76 anos
ozzyosbourne/Instagram

por Agência Brasil

A lenda do rock, o ícone do heavy metal que a essa altura parecia imortal para muitos, finalmente fechou os olhos pela última vez. Ozzy Osbourne faleceu nesta terça-feira (22) aos 76 anos, vítima de Parkinson. Em comunicado, a família confirmou a morte do “Príncipe das Trevas”.

“É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que comunicamos que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor”, afirmou a nota divulgada pela família.

No dia 5 de julho, há apenas duas semanas, o Black Sabbath se aposentava oficialmente, em um dia de música pesada de homenagens ao titã do heavy metal. Diversas bandas, como Metallica, Guns N’ Roses, Pantera, Slayer e Gojira, subiram ao palco para homenagear o Sabbath para uma plateia de 45 mil pessoas no estádio em Birmingham (Inglaterra) e para cerca de 150 mil pessoas que assistiam pela internet.

Ao final, o quarteto liderado por Ozzy subiu ao palco pela última vez.

Ozzy não tinha mais a vitalidade e energia que sempre apresentou aos fãs em cada show. Sentado em um belo trono preto colocado no centro do palco, ele cantou quatro clássicos da banda que, para muitos, inventou o heavy metal.

Agarrado ao pedestal do microfone enquanto buscava demonstrar uma firmeza que já lhe faltava, Ozzy disparou War Pigs, N.I.B, Iron Man e Paranoid. Essas foram as músicas escolhidas para encerrar um dos capítulos mais longevos e vitoriosos da história do rock. Dezessete dias depois, Ozzy faleceria.

Ícone do rock… e do pop

Ozzy surgiu para o mundo com o Black Sabbath no disco homônimo, de 1969. Trazendo uma estética soturna, a banda moldou o estilo que seria conhecido como heavy metal anos depois. Sua voz não era uma unanimidade, mas combinava com perfeição com o que traziam a guitarra de Tony Iommi, o baixo de Geezer Butler e a bateria de Bill Ward. Toneladas de bandas que viriam nas décadas seguintes seriam influenciadas diretamente por esse quarteto.

Após oito discos, Ozzy deixa a banda e se lança em carreira solo. E o mundo descobriu que existia vida após o Black Sabbath. Seu disco de estreia na empreitada solo, Blizzard Of Ozz, empilha clássicos um atrás do outro. Crazy Train, Mr. Crowley e Goodbye do Romance escancaram as portas da indústria para o ex-Sabbath. A partir daí, Ozzy se tornou eterno.

Foram 13 discos na carreira solo. Ainda teve tempo, em 2013, de gravar um disco de músicas inéditas com o Black Sabbath, intitulado 13, e sair em turnê com os velhos parceiros.

Carregava fama de mau, de um sujeito mais próximo do inferno do que do céu. Mas após cada show, se despedia de sua plateia com um “Deus abençoe vocês todos!”.

Virou ícone pop, com um reality show que colocava o público dentro de sua casa, no sofá de sua sala com sua família. Virou astro de cinema, com participação em 11 filmes. Arrancou a cabeça de um morcego no palco achando que era de brinquedo. Tomou vacina contra raiva, tomou coisas que poucos teriam coragem.

Ozzy viveu cada minuto dos seus 76 anos como se fosse o último. Um dia, inevitavelmente, teria que ser.

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