Cidades Top 10
Marília é a 8ª cidade mais segura do Brasil com população entre 200 mil e 500 mil habitantes
Em ranking nacional de segurança, cidade consolida-se entre as mais pacíficas do país e se destaca como polo de bem-estar na faixa de 200 a 500 mil habitantes
13/11/2025 00h46 Atualizada há 4 semanas
Por: Redação
Marília traduz a serenidade de uma das cidades mais seguras do Brasil, segundo o Anuário 2025

Marília carrega em sua identidade a marca de um município que prospera com discrição e solidez, longe do ritmo frenético das grandes metrópoles, mas com uma qualidade de vida que aparece em rankings nacionais. Um dos pilares dessa reputação é sua segurança pública. Enquanto grandes centros urbanos travam batalhas diárias contra a criminalidade - recentemente o Brasil e o mundo foram surpreendidos com a mais letal ação policial na cidade do Rio de Janeiro com quase 120 mortos - a cidade tem conseguido manter um ambiente que favorece não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a paz social.

O prestígio de Marília no cenário da segurança nacional foi recentemente chancelado pelo Anuário 2025 Cidades Mais Seguras do Brasil©, que a colocou em uma posição de destaque. No Ranking Geral do Brasil para municípios com população entre 200 mil e 500 mil habitantes, Marília alcançou a 8ª posição nacional. É um feito notável que a insere em um seleto grupo de cidades que conseguem harmonizar desenvolvimento com baixos índices de violência.

A liderança desse ranking é ocupada por Blumenau, em Santa Catarina, que está a aproximadamente 570 quilômetros da capital Florianópolis. Em segundo lugar, Indaiatuba, município paulista a 360 quilômetros de Marília e a 100 da capital São Paulo. Já a terceira colocação ficou com Araraquara, também ‘caipira’, distante 180 quilômetros de Marília e 280 da capital São Paulo.

O desempenho de Marília, com um índice de 7,5, é uma leitura direta de sua eficácia em segurança. Essa pontuação representa a taxa de assassinato por 100 mil habitantes, um indicador crucial e universalmente aceito para medir a segurança pública. Este indicador é amplamente reconhecido como uma medida sólida e universal de segurança pública, sendo o padrão utilizado por organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em seus relatórios. A utilização dessa taxa permite ajustar os números absolutos de homicídios pelo tamanho da população, facilitando análises comparativas entre diferentes cidades e a formulação de políticas públicas mais eficazes.

Anuário 2025

O Anuário 2025 Cidades Mais Seguras do Brasil© é um levantamento robusto, fundamentado em dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde. O cálculo para o índice se baseou na análise dos dados de todos os óbitos ocorridos entre janeiro e novembro de 2024 no Brasil, utilizando um padrão de anualização para completar o período de 12 meses, conforme o Painel de Monitoramento da Mortalidade da SVSA.

A SVSA consolida seus dados por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), criado em 1979. No SIM, são inseridos os detalhes de todos os atestados de óbito no Brasil, informações que são de responsabilidade do médico que emite o laudo. As Secretarias Estaduais de Saúde são encarregadas de coletar essas informações junto aos estabelecimentos de saúde e cartórios, enviando posteriormente para o Ministério da Saúde via SIM. O coordenador técnico do estudo é Douglas Resmini Balena, bacharel em Administração pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) e Mestre em Administração pelo Insper Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo.

O anuário também destaca cidades em outras faixas populacionais. Entre os municípios com 500 mil a 1 milhão de habitantes, destacam-se São José dos Campos na primeira posição e São Bernardo do Campo na segunda, ambas localizadas em São Paulo. Já na categoria de cidades com mais de 1 milhão de moradores, as mais seguras são: Guarulhos em primeiro lugar, Brasília em segundo e São Paulo na terceira posição, mostrando que o desafio da segurança exige atenção constante em todas as dimensões demográficas.