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Marília tem 355 pessoas em situação de rua; maioria é masculina, 40 a 49 anos e sabe ler

Um quarto dos moradores foi parar na rua há cerca de seis meses, revela os dados do Cadastro Único de julho de 2024

03/12/2024 às 20h11 Atualizada em 05/12/2024 às 12h23
Por: Redação
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O morador de rua de Marília é em sua maioria parda, masculina, alfabetizada, de 40 a 49 anos
O morador de rua de Marília é em sua maioria parda, masculina, alfabetizada, de 40 a 49 anos

Os dados do Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome referentes ao mês de julho de 2024 revelam que em Marília existem um total de 355 pessoas em situação de rua, com idades que vão de 10 a 79 anos. São quase todos brasileiros, menos um, que é imigrante venezuelano.

O Cadastro Único é o principal instrumento do Estado brasileiro para a seleção e a inclusão de famílias de baixa renda em programas federais, sendo usado para a concessão dos benefícios do Programa Bolsa Família, do Pé-de-Meia, da Tarifa Social de Energia Elétrica, do Auxílio Gás, do Programa Minha Casa Minha Vida, entre outros.

Pessoas em situação de rua são indivíduos que passam as noites dormindo nas ruas, nas praças, embaixo de viadutos e pontes. Além desses espaços, eles também fazem uso de locais degradados, como prédios e casas abandonados e carcaças de veículos, que têm pouca ou nenhuma higiene.

Os dados revelam que sua grande maioria sabe ler e escrever (93,24%) e é masculina (90,7%), com 40 a 49 anos (35,21%), seguida de 30 a 39 anos (24,23%), de 50 a 59 anos (20,85%), de 20 a 29 anos (9,58%) e de 60 a 69 anos (8,73%) e até de 10 a 19 anos (0,28%).

A maioria também é parda (47%), seguida de branca (40,28%, preta (12,39%) e amarela (0,28%). Não temos descendentes indígenas morando nas ruas, mas temos 15,21% pessoas com deficiência e sua maioria, um pouco mais da metade, é nascida em outro município (50,99%), com 48,73% de marilienses natos e 0,28% de origem internacional (o venezuelano). Apenas 5,07% nunca frequentou a escola.

Um quarto dos moradores se encontra nesta situação há apenas seis meses (26,76%), de seis meses a um ano (11,55%), entre um e dois anos (9,01%), entre dois a cinco anos (21,97%), entre cinco e 10 anos (18,31%), mais de 10 anos (12,39%).

A maioria vive sozinha ou sem entes familiares, mas 5,35% deles vivem com a família na rua. A maioria nunca fala com a família (42,82%), mas 16,90% deles quase nunca falam (mas falam), seguido de todo ano (8,17%), todo mês (17,18%), toda semana (10,70%) e todo dia (4,23%).

A maioria deles estão lá por problemas familiares (54%), alcoolismo ou drogas (41%), desemprego (32%), perda de moradia (26%), outro motivo (7%) e até quem afirma ser por preferência (6%).

Sobre trabalho, o cadastro informa que 76% deles já trabalhou alguma vez com carteira assinada, mas que hoje 90% deles vivem de bicos, sendo que a última vez que pegou um serviço foi na semana anterior ao questionamento, para 75% deles.

Sobre a forma de ganhar dinheiro, 21% é como catador, 18% como serviços gerais, 17,51% como pedinte, 11,28% como guardador de carro e 8,51% na construção civil.

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