O Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como CDHU, na zona sul da cidade, completa sete meses de abandono após a desocupação de seus 880 apartamentos, distribuídos em 44 blocos de cinco andares. Apesar de condenados por risco de desabamento, os prédios seguem de pé, agravando a insegurança e a sensação de descaso na região.
Moradores relatam que, após a evacuação, portas, janelas e telhados foram removidos, deixando os blocos expostos ao tempo e vulneráveis à degradação. Além disso, o mato alto e o acúmulo de entulho têm transformado o espaço em um local insalubre e perigoso.
“Há sete meses convivemos com o abandono e ninguém nos dá uma solução. Queremos saber se vão demolir ou reformar, mas não dá para continuar assim”, desabafa uma moradora.
A insegurança no entorno também é motivo de preocupação. A ausência de iluminação pública e de proteção nos blocos abandonados.
“Quando volto do trabalho à noite, só me sinto segura se meu marido ou meu filho me acompanham. O local é totalmente escuro e perigoso”, relata outra moradora.
A situação afeta até mesmo crianças que precisam passar pelo local para ir à escola. “Se a solução vai demorar, que ao menos coloquem segurança ou murem a área. Do jeito que está, é um risco para todos”, afirma outra residente que prefere não se identificar.
Ao todo, 880 famílias foram retiradas das construções que correm risco de desabamento. Todos os prédios ou blocos de apartamentos foram lacrados pela Defesa Civil do Município.
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