Marília aparece nas posições mais baixas do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) no Estado de São Paulo, ocupando a 527ª colocação entre 650 municípios. O desempenho da cidade também foi considerado regular no cenário nacional, onde ficou em uma área mediana, na 3.768ª posição entre os mais de 5 mil municípios avaliados. O levantamento é uma publicação recente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) é uma ferramenta que avalia a qualidade da administração fiscal dos municípios brasileiros, utilizando dados oficiais da Secretaria do Tesouro Nacional. O estudo abrange uma amostra de 5.378 cidades e as classifica em quatro conceitos de gestão: Crítica, Difícil, Boa e de Excelência. Duas cidades paulistas dividiram a primeira colocação do índice desta vez, Cajaí e Salesópolis. A capital do Estado, São Paulo, ocupa a 218ª posição do Brasil e a 11ª no Estado, alcançando 0,9 de pontuação.
A análise do IFGF se baseia em cinco indicadores principais para mensurar a saúde financeira das prefeituras. O primeiro, e um dos mais importantes, é a Autonomia, que avalia a capacidade da cidade de gerar suas próprias receitas, diminuindo a dependência de transferências estaduais e federais. Marília alcançou nota máxima em Autonomia, 1,0.
Outro indicador fundamental é o de Gastos com Pessoal, que monitora a proporção da receita corrente líquida utilizada para pagar salários, um ponto essencial para a sustentabilidade fiscal. Também neste quesito, Marília chegou a 1,0, ou seja, a nota máxima. A Liquidez, por sua vez, mede a capacidade da prefeitura de cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo. Aqui Marília foi péssima, com o baixíssimo 0,0. Além disso, o índice analisa o volume de Investimentos, que mostra a aplicação de recursos em obras e serviços que buscam melhorar a vida da população. Por fim, o Custo da Dívida avalia o peso dos juros e amortizações da dívida sobre o orçamento municipal. Marília também apresentou resultado irrisório, com 0,15.
No panorama nacional, a maioria dos municípios brasileiros, 2.768 no total, foi classificada com o conceito de Gestão Difícil, com notas entre 0,4 e 0,6. Em seguida, aparecem as 1.761 cidades com Boa Gestão (notas entre 0,6 e 0,8). Apenas 152 municípios alcançaram o conceito de Excelência (notas acima de 0,8), enquanto 697 cidades foram enquadradas em Gestão Crítica (notas abaixo de 0,4).
Marília: Gestão Difícil
No cenário regional, Marília se posiciona na parte inferior do ranking estadual, uma colocação que a enquadra no conceito de Gestão Difícil, em linha com a maioria das prefeituras do país. O resultado coloca a cidade em um patamar mediano, distante dos municípios que se destacam por sua excelência fiscal e que lideram as listas.
Em suma, o Índice Firjan de Gestão Fiscal aponta que Marília enfrenta desafios em sua administração fiscal, o que reflete em uma posição desfavorável nos rankings nacional e estadual. O estudo da Firjan serve como um alerta para a prefeitura e para a população, oferecendo um guia claro de onde é preciso melhorar para atingir o nível de excelência na gestão pública e na aplicação dos recursos da população.
Entenda o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF)
Ferramenta analisa a administração das finanças municipais em todo o país e estabelece conceitos para o desempenho da gestão
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) é uma ferramenta essencial para monitorar a saúde financeira dos municípios brasileiros, avaliando como os recursos públicos são administrados. O índice se baseia em cinco indicadores principais: a Autonomia da cidade para gerar suas próprias receitas; o nível de Gastos com Pessoal; a Liquidez, que mede a capacidade de pagar as contas de curto prazo; o volume de Investimentos realizados; e o Custo da Dívida.
A avaliação resulta em uma pontuação que classifica a gestão fiscal em quatro conceitos, variando de "Gestão Crítica" (para índices até 0,4) a "Gestão de Excelência" (para notas acima de 0,8). Os dados utilizados para o cálculo do IFGF são obtidos a partir das Declarações de Contas Anuais de cada município, fornecidas à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), garantindo a confiabilidade e a transparência da análise.