O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Marília e Região (Stiam) completou 44 anos de história no último dia 11 de setembro com um chamado direto aos jovens trabalhadores. Para o presidente da entidade, Wilson Vidotto Manzon, o momento de modernização, com o avanço da automação e da inteligência artificial nas indústrias, exige a participação da nova geração para garantir o futuro da categoria. “A modernidade está automatizando os processos industriais e estamos convidando os jovens trabalhadores do setor a lutar agora, no presente, para que o futuro seja composto com as garantias dos trabalhadores, com seus empregos e direitos assegurados”, afirmou.

Manzon relembrou as lutas históricas do Stiam, que jamais recuou diante de desafios. “No passado, lutamos por emprego, contra o absurdo da inflação de 100% e pela estabilidade política. Agora, com a automação e a IA, os jovens estão sendo convocados para auxiliar na luta, para que possam construir o amanhã com segurança”, destacou. Ele ressaltou que a data de aniversário da entidade não passou em branco, pois a trajetória do sindicato demonstra que ele “jamais se apequenou, jamais recuou". “Nós nunca recuamos, não baixamos a guarda quando nossos empregos estiveram ameaçados, fomos à luta”, garantiu Mazon.

A entidade já iniciou as negociações da campanha salarial, que se estendem pela maioria da categoria a partir deste mês de setembro. A proposta do Stiam inclui reajuste salarial composto pela reposição inflacionária e um ganho real, com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para Wilson Vidotto Manzon, o aumento do PIB é um reflexo do esforço dos trabalhadores da indústria, que se dedicam para o crescimento do setor alimentício. “Se o PIB cresceu é porque o trabalhador da indústria se dedicou”, concluiu.

História

O Stiam tem um marco especial em 11 de setembro de 1981. Foi nessa data que a então Associação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação foi oficialmente reconhecida pelo Ministério do Trabalho, transformando-se na entidade sindical que hoje conhecemos. A trajetória da organização começou em 3 de fevereiro de 1953, criada para defender os direitos dos trabalhadores de empresas como Novais, Zillo e Matarazzo.

Após um período de perseguição e fechamento durante a ditadura militar, o sindicato renasceu e, sob a liderança de Wilson Vidoto Manzon a partir de 1987, viveu uma fase de grande expansão. A gestão de Vidoto Manzon foi responsável por conquistas como a construção da sede própria em 1991, a entrega de moradias aos associados, a inauguração de um ginásio e uma colônia de férias, além da participação ativa na criação da Força Sindical, em 1991.

O sindicato se mantém fiel à sua missão de lutar pelos direitos da categoria e promover o desenvolvimento dos trabalhadores e de suas famílias. Sua filosofia é baseada em honestidade, justiça e integridade, visando o crescimento contínuo de todos os envolvidos na indústria de alimentação da região.