As eleições municipais em Marília injetaram na economia local um total de R$ 3.542.363,93 durante os 52 dias de propaganda eleitoral, que ocorreram de 16 de agosto a 1 de outubro, numa média de R$ 68 mil gastos por dia para a divulgação dos seis candidatos à prefeito.
Se fosse comparar quem mais gastou para tentar se eleger, o vencedor da disputa seria Ricardinho Mustafá (PL). Ele foi o campeão de gastos, totalizando, em sua declaração oficial de despesas ao Tribunal Superior
Eleitoral, R$ 1.721.433,44 ou R$ 33.104,4 por dia de campanha. Em segundo lugar ficaria Vinícius Camarinha, com um gasto total de R$ 1.419.564,36 ou R$ 27.299,31 por dia.
Em terceiro lugar em gastos ficou o candidato João Pinheiro (PRTB), que declarou ao TSE ter gasto um total de R$ 334.515,14 ou R$ 6.432,98 por dia. Hadassa, que ficou em terceiro lugar em votos, ficou em quarto em gastos, com um total de R$ 54.950 declarados à Justiça ou R$ 1.056 por dia. Em último lugar em gastos foi Nayara Mazini, que declarou ter utilizado apenas R$ 11.900,99 para fazer propaganda eleitoral. A sexta candidata não pontuou, pois declarou não ter gasto nem um centavo para fazer propaganda. Seus 52 dias de campanha não exigiu nenhum tostão. A candidata Lilian Miranda, que não gastou em publicidade, conseguiu apenas 171 votos ou 0,15% de todos os votos válidos.
Custo zero, porém sem quase nenhum resultado. Se formos analisar o investimento feito e o resultado obtido, o vencedor entre os seis candidatos seria Garcia da Hadassa. Seu investimento em propaganda dividido pelos votos que conquistou resultou no primeiro lugar em custo-benefício eleitoral, pois cada um dos votos obtidos custou apenas R$ 3,90.
Porém não conseguiu obter a vitória em votos, pois seu custo baixo lhe garantiu apenas 16,42% dos votos válidos ou 18.625 votos.
O menor custo eleitoral entre os candidatos que gastaram para fazer propaganda foi de Nayara Mazini. Cada um dos votos lhe custou R$ 1,80. Mas também não foi o suficiente para ter a vitória nas urnas, lhe garantindo apenas 6.414 votos ou 5,6% do total de votos válidos.
Entre as duas campanhas milionárias, o cálculo demonstrou que não é só o dinheiro que garante mais chances de vitória. Ricardinho Mustafá, que gastou mais do que todos, conseguiu apenas 20,03% ou 22.713 votos, lhe concedendo o título de segundo candidato com o voto mais caro das Eleições. Cada voto lhe custou R$ 75,70.
Quem venceu como o candidato com o voto mais caro nestas eleições foi João Pinheiro. Cada voto lhe custou um investimento em propaganda equivalente a R$ 98,40. Já Vinícius Camarinha, que teve o segundo maior gasto milionário, cada um dos 62.050 votos lhe custou R$ 22,80 em propaganda oficial.