Marília enfrenta a pior epidemia de dengue dos últimos dez anos. Somente no primeiro semestre de 2025, o município confirmou mais de 16 mil casos da doença e 30 mortes, segundo dados do Núcleo de Informações da Saúde (NIES). É o maior surto desde 2015, quando a cidade registrou 18.639 casos ao longo do ano.
Com os números atuais, Marília ocupa a segunda colocação entre os municípios paulistas com mais óbitos por dengue neste ano, atrás apenas de São José do Rio Preto, que contabiliza 40 mortes e 49.682 casos confirmados.
A incidência da doença no município é de 6.784,5 casos por 100 mil habitantes, uma das mais altas do Estado. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) confirma a circulação simultânea de três dos quatro sorotipos do vírus, o que aumenta o risco de formas graves da doença, especialmente em pessoas que já foram infectadas anteriormente.
Histórico da dengue em Marília:
2015 – 18.639 casos
2016 – 461
2017 – 66
2018 – 57
2019 – 2.919
2020 – 1.591
2021 – 2.940
2022 – 1.041
2023 – 3.122
2024 – 10.121
2025 – 16.188 – (Em seis meses)
Prevenção começa dentro de casa
Para conter o avanço da doença, é essencial que a população colabore com ações simples, porém eficazes:
- Eliminar recipientes que acumulam água, como pneus, garrafas, vasos e calhas;
- Manter caixas d’água bem tampadas;
- Limpar ralos e calhas regularmente;
- Descartar lixo e entulhos corretamente;
- Utilizar repelente, especialmente em áreas com surto.
Sintomas da dengue
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta repentina (acima de 38,5°C);
- Dor de cabeça intensa, principalmente atrás dos olhos;
- Dores musculares e nas articulações;
- Fraqueza e cansaço extremo;
- Manchas avermelhadas na pele;
- Náusea e vômito;
- Em casos graves: sangramentos e queda de pressão.
Ao apresentar sintomas, a orientação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima e evitar a automedicação, pois alguns medicamentos podem agravar o quadro clínico.