Famílias e jovens de toda a região de Marília prestigiaram entre 18 e 22 de junho a 38ª Festa das Cerejeiras de Garça, tradicional evento cultural, de lazer e com diversificada opção gastronômica realizado no lago artificial J.K. Williams. No entorno deste verdadeiro cartão postal do Interior de São Paulo, há um bosque com cerca de mil cerejeiras. Algumas chegaram a florir para encantar visitantes e moradores. O evento, nascido a partir da influência dos imigrantes japoneses na comunidade garcense, resgatou seu nome original e, conforme explicou o presidente da festa e secretário municipal Francisco Christóforo Júnior, o Juninho, teve programação voltada à valorização dos talentos locais.
O casal Fábio e Jéssica Mancuzo repetiu na última quarta-feira, dia 18 de junho de 2025, um hábito de anos: acompanhar a abertura da Festa das Cerejeiras. A data também é uma alusão à chegada dos imigrantes japoneses no Brasil, há 117 anos, vindos do histórico Kasato Maru, navio que partiu do Japão trazendo os primeiros imigrantes do Sol Nascente. “Todo ano a gente participa da Festa das Cerejeiras, mesmo com frio a gente costuma vir à noite”, comentou Fábio. Os apreciam tanto as opções gastronômicas, quanto atração artística do palco da concha acústica.
A família de Daniel Júnior Soares, composta pela esposa Joyce e o filho Isaac, de 6 anos, também esteve na abertura da tradicional festa de Garça. “O Isaac gosta muito do parque de diversão e nós gostamos da comida, principalmente as opções de comida japonesa”, destacou. A organização do evento ficou por conta da associação Kaikan de Garça, o Nikkey Clube da cidade, com apoio estrutural da Prefeitura Municipal de Garça. Mais de 150 expositores, incluindo a praça de alimentação com variadas opções gastronômicas, participaram da 38ª edição da festa.
De Tupã, o jovem Guilherme Arantes esteve pela primeira vez no bosque das cerejeiras e no lago artificial J.K. Williams, onde conheceu o jardim japonês, com decoração e elementos típicos da cultura oriental. “Não conhecia a festa e estou gostando muito, principalmente porque preserva a cultura japonesa assim como acontece lá em Tupã”, contou ao lado de Raquel Schorr, que já esteve na festa das cerejeiras diversas vezes. Assim como Marília, Garça e Tupã, a cultura dos imigrantes vindos do Japão é bem forte nesta região do Estado de São Paulo. Outra cultura marcante por aqui é o café, tanto que um dos estandes mais visitados durante a 38ª edição das cerejeiras foi o do Café Sabor de Garça, montado pela torrefação de mesmo nome, conduzida pelo empresário Rogério Agostinho Santos. Além da festa das cerejeiras, a torrefação sempre monta estande no evento Tecno Café, realizado no mesmo espaço. “Servimos uma variedade de bebidas a partir do café”, salientou.
As cerejeiras de Garça se tornaram uma referência de lazer, cultura e convivência regional. Mais um ano de programação ambientada no bosque das cerejeiras, no entorno do lago de Garça, cumpriu sua missão de proporcionar boas recordações para quem por lá passou. O bosque tem quase mil cerejeiras, que foram cultivadas ali por Nelson Ichisato, tradicional morador de Garça que faleceu aos 99 anos no ano de 2019.