Um panorama detalhado do Censo 2022, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 6,1% da população de Marília possui algum tipo de deficiência. Os dados abrangem diversas categorias, incluindo deficiência visual, mobilidade, autonomia para segurar ou conter objetos e funções mentais. Além disso, o levantamento apontou que 1,1% dos moradores da cidade apresentam diagnóstico de autismo. No cenário nacional, Marília ocupa a posição de número 4.449 no ranking de municípios em percentual de pessoas com deficiência. A liderança desse ranking pertence à cidade de Malhada dos Bois, em Sergipe, localizada a cerca de 80 km da capital Aracaju.
O Censo 2022 aprofundou na identificação das deficiências específicas presentes na população mariliense. Os dados mostram que 2,8% dos habitantes convivem com deficiência visual, enquanto 1,2% apresentam deficiência auditiva. A dificuldade de subir escadas ou andar afeta 2,7% da população, e 1,3% têm limitações para conter ou pegar pequenos objetos. Já as funções mentais alteradas são observadas em 1,5% dos moradores. Um dado que chama a atenção é o alto índice de analfabetismo entre as pessoas com algum tipo de deficiência, que ultrapassa os 14%, um contraste marcante quando comparado ao índice de apenas 1,68% entre as pessoas sem deficiência na cidade.
Sobre o diagnóstico autismo, a pesquisa do IBGE confirmou que 1,1% da população de Marília possui essa condição, com uma predominância entre os homens. Esse dado é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas e serviços de apoio mais direcionados, visando a inclusão plena e o suporte adequado às pessoas no espectro autista e suas famílias. A compreensão da prevalência e das características demográficas é o primeiro passo para a criação de ambientes mais acessíveis e acolhedores.
Expandindo a análise para a região de Marília, o Censo 2022 também trouxe dados comparativos importantes. Na cidade de Garça, por exemplo, 7,3% da população apresenta algum tipo de deficiência, sendo a maior proporção entre as cidades analisadas, e 0,6% dos moradores têm diagnóstico de autismo. Em Vera Cruz, os percentuais são de 4,4% para deficiência e 1,3% para autismo, configurando a menor proporção de pessoas com deficiência na região. Já Pompeia registra 6,2% da população com deficiência e 1,4% com autismo. Os números regionais são fundamentais para que gestores municipais e estaduais possam planejar e executar ações de inclusão de forma mais eficaz e personalizada.
O Censo 2022, desenvolvido com o propósito de atualizar e aprofundar os dados demográficos e sociais do país, oferece uma ferramenta indispensável para o planejamento de políticas públicas. A coleta detalhada de informações sobre deficiência e autismo permite que governos e organizações civis compreendam melhor as necessidades específicas de cada segmento da população, desde a acessibilidade física até o suporte educacional e de saúde. A precisão desses dados é vital para garantir que os recursos sejam alocados de forma eficiente e que as intervenções sejam verdadeiramente impactantes na vida das pessoas.
O panorama do Censo 2022 para Marília e região aponta a importância de reconhecer a diversidade da população e as barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência e autismo. Os percentuais identificados em Marília, que apontam para 6,1% da população com alguma deficiência e 1,1% com autismo, juntamente com as variações regionais, reforçam a necessidade de um olhar atento e de ações contínuas. Nacionalmente, os dados do Censo Panorama 2022 sobre deficiência e autismo são um chamado à ação para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde todos tenham oportunidades plenas de desenvolvimento e participação.