Marília, cidade que homenageia a musa dos Inconfidentes Mineiros, Maria Dorotheia, a Marília de Dirceu da poesia, é um município com forte presença feminina. Dos 237.627 habitantes (conforme o Censo 2022), 123.761 são mulheres, o que representa mais de 52% da população. No eleitorado, a presença feminina também é expressiva: 93.355 eleitoras, ou 54% do total de 172.844 eleitores.
Outro dado relevante é que 47,35% dos lares marilienses são chefiados por mulheres, demonstrando a crescente autonomia feminina na cidade. No quesito educação, as mulheres também se destacam, com uma média de 10,8 anos de estudo, superando a média masculina.
Apesar da maioria numérica, a representatividade feminina na política ainda é um desafio. Na Câmara Municipal, as mulheres ocupam apenas 23,53% das cadeiras. Ainda que a atual Legislatura seja a que mais elegeu diretamente mulheres: 4, ao todo. A atual vice-presidente, vereadora Professora Daniela, do PL, é a primeira mulher reeleita 3 vezes seguidas - está no seu 3º mandato consecutivo. Vânia Ramos, dos Republicanos, se reelegeu para o 2º mandato, enquanto as vereadoras Fabiana Camarinha e Rossana Camacho conquistaram as vagas pela primeira vez, sendo que Fabiana - esposa do ex-prefeito Abelardo Camarinha - foi a vereadora mais bem votada nas eleições de outubro.
A questão da igualdade salarial também é um ponto de atenção. Embora não haja dados específicos para Marília, a desigualdade salarial entre homens e mulheres é uma realidade no Brasil. Segundo o IBGE, as mulheres ganham, em média, 22% a menos que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções.
Apesar dos desafios, a presença feminina em Marília é marcante e crescente, tanto na população quanto no eleitorado. A cidade, que leva o nome de uma mulher, ainda busca a igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade.
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